Listamos 7 desafios que devem ser superados pelas empresas de modo a garantir uma eficiente gestão fiscal no varejo
Em teoria, o trabalho de uma empresa do varejo é simples: compra itens dos fornecedores, vende para o consumidor e cumpre as suas obrigações legais tributárias. O desafio está, justamente, na complexidade do sistema tributário brasileiro, que exige diversos cuidados para garantir o compliance fiscal.
Essa necessidade de checagens aumenta o volume de processos necessários de um varejista, incrementando os seus custos e a possibilidade de incorrer em erros – que podem levar a aplicação de multas. Em um mundo cada vez mais competitivo, isso dificulta a operação das organizações e reduz a sua margem de lucro, além da capacidade de tomar decisões mais estratégicas.
A gestão fiscal corresponde aos procedimentos administrativos voltados ao cumprimento de legislações tributárias. Isso inclui as chamadas de principais – pagamento de tributos, impostos e contribuições – e as acessórias, emissão de documentos fiscais, sua escrituração e declaração ao fisco. Eventuais equívocos em qualquer dessas áreas podem ter consequências no compliance fiscal e na reputação de um negócio.
Quais os principais desafios da gestão fiscal no varejo?
– Definição do regime tributário: É preciso fazer um planejamento prévio, considerando o regime tributário, de modo a reduzir, de forma legal, o volume de impostos quitados. Esse também é um caminho para reduzir a burocracia. Não é incomum até mesmo que empresas paguem impostos indevidos por falta de conhecimento.
– Alto volume fiscal – Dependendo do porte do varejista, trata-se de um negócio que lida com um alto volume fiscal. As chances de erros se tornam mais recorrentes nas épocas de datas sazonais, que ampliam as vendas, como explicamos neste artigo do blog.
– Benefícios fiscais – Muitos negócios se enquadram em isenções fiscais, especialmente sob a perspectiva dos tributos estaduais (ICMS). É preciso estar atento e seguir todas as orientações do fisco para garantir essas vantagens sem afetar a segurança jurídica do negócio.
– Emissão de documentos fiscais – Parece simples, mas muitos negócios têm dificuldades em garantir a emissão correta de documentos fiscais, como notas e cupons fiscais. Os varejistas precisam garantir a conformidade com os requisitos legais e evitar problemas relacionados à sonegação fiscal, o que é comprovado com essas informações.
– Backups e atualizações – Basicamente, todas as informações de operações de um negócio precisam ser mantidas por 5 anos, pois podem ser cobradas pelo fisco. Isso exige um controle para evitar eventuais riscos, especialmente com a maior capacidade de cruzamento de informações dos órgãos fiscais, o que exige mais precisão e consistência das empresas.
– Impacto nos produtos – Com as variações de alíquotas de impostos, benefícios fiscais, entre outros pontos, torna-se complexo fazer uma administração eficiente de impostos de cada item. Por isso, a adoção de soluções fiscais e a inclusão de tecnologias como inteligência artificial e automação podem tornar esta operação mais simples e segura.
– Treinamento – As equipes responsáveis pela gestão fiscal no varejo devem estar bem treinadas para compreender as regulamentações fiscais aplicáveis e garantir o cumprimento adequado. Essa parte passa pela compreensão das normas e pela operação eficiente das soluções fiscais, configurando alertas para qualquer situação que fuja do padrão.
O tripé tecnologia, pessoas e processos é o melhor caminho para as empresas garantirem o sucesso da gestão fiscal no varejo. Essa abordagem integrada, que requer a determinação de fluxos de processos claros, integração de tecnologias e capacitação de profissionais, traz tranquilidade na operação.