Da busca pela neutralização de carbono aos benefícios do transporte multimodal, descubra como o segmento de transporte pode ser mais responsável e reduzir o seu impacto ao meio ambiente
O segmento de transportes tem um grande impacto em todo o globo. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estimam que o setor responde por 24% das emissões de CO2 de combustíveis fósseis. O segmento ainda representa cerca de 57% da demanda de óleo e 28% do total de energia consumida no globo.
Não à toa, o transporte está diretamente relacionado a pelo menos cinco Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas. São eles: Saúde e bem-estar; energia limpa e acessível; indústria, inovação e infraestrutura; cidades e comunidades sustentáveis; e consumo e produção responsáveis.
No entanto, é preciso aliar as eventuais mudanças voltadas à sustentabilidade no transporte de forma estruturada e sem afetar a cadeia de negócios global. Nesse contexto, há alguns processos ocorrendo para reduzir este impacto do setor para o meio ambiente.
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1. Neutralização de carbono – É o processo pelo qual uma organização visa combater as emissões de efeito estufa de sua operação de maneira voluntária. Entre as atividades que impactam o meio ambiente, estão o consumo energético e os transportes realizados. Cada vez mais, há o entendimento de que a responsabilidade de uma empresa vai além do aspecto econômico e deve integrar o meio ambiente e a sociedade, seguindo os pilares de ESG – governança ambiental, social e governança, na sigla em inglês.
2. Veículos elétricos e híbridos – A presença dos veículos totalmente elétricos, dos híbridos e a maior presença dos biocombustíveis parece ser um caminho inevitável rumo à neutralização de carbono. Entretanto, existem desafios a serem superados. “Há incertezas acerca do ritmo da transição energética, da entrada de inovações e mesmo de definição das rotas tecnológicas hegemônicas no futuro”, diz a EPE.
É preciso encontrar o equilíbrio entre a segurança energética, a sustentabilidade socioambiental e os custos de operação do setor. Isso reverteria de forma global para o planeta, mas, em especial, nas grandes metrópoles, onde o impacto da poluição é maior.
3 – Implantação de biocombustíveis – A ONU estima que entre 20% e 30% das doenças respiratórias estão relacionadas à poluição atmosférica. O Ministério da Saúde projeta que 50 mil pessoas perdem a vida todos os anos no Brasil devido à poluição. Os biocombustíveis – como o biodiesel e etanol – reduzem as emissões de carbono em até 94% comparado aos combustíveis fósseis. Recentemente, o Brasil ampliou a mistura obrigatória do biodiesel – quantidade no Diesel – de 10% para 12%.
4 – Logística reversa em destaque – Conforme explicamos neste artigo do blog, a logística reversa consiste em ações, procedimentos e meios de viabilizar a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial. Dessa forma, fecha-se o ciclo, seja pelo reaproveitamento ou dando a destinação adequada. Reduzir o volume de resíduos gerados impacta diretamente na saúde do planeta, e, ao mesmo tempo, na sustentabilidade no transporte.
5 – Transporte mais eficiente – Essa busca por um transporte mais eficiente, por vezes, é entendida como logística verde. Entre as medidas adotadas estão:
– Otimizar a frota, tirando o melhor proveito do espaço dos veículos;
– Busca por combustíveis alternativos;
– Investimento em pesquisa para uso de embalagens retornáveis ou facilmente recicláveis;
– Aprimorar o consumo de energia elétrica, tirando o melhor proveito de recursos naturais, como a luz solar e o vento;
– Incrementar o planejamento dos armazéns e dos estoques em centros de distribuição, reduzindo a necessidade de deslocamentos;
– Aplicar tecnologias que melhorem as rotas, visando a redução no tempo de entrega e do consumo de combustíveis.
Abordamos a diferença da chamada logística verde para a reversa neste artigo do blog.
6 – A força do transporte multimodal – Veículos de maior porte, como os caminhões, causam um impacto maior do que os carros para entregas em cidades ou do que trens e navios, pensando na logística de longa distância. No quesito logística urbana, há diversas soluções criativas sendo adotadas para tornar este processo mais efetivo, como explicamos neste artigo do blog. Entre as medidas, encontram-se armários estrategicamente próximos ou dentro de estações de metrô ou terminais de ônibus.