Como ter uma gestão logística eficiente com os indicadores corretos? 

Não existe um método padronizado para mensurar o desempenho da atividade logística, mas 5 grandes áreas ajudam a determinar os KPIs mais apropriados: velocidade, nível de serviço, segurança, custo e controle 

Uma pesquisa recente do Instituto Gartner mostrou que 73% dos executivos acreditam que os investimentos em recursos tecnológicos vão ampliar a performance do setor logístico. Dois tópicos que ganham destaque nesta busca por uma gestão logística eficiente são operações mais inteligentes e a adoção de integrações entre setores. 

Nesse quesito, a identificação de indicadores de desempenho, conhecidos como KPIs, é um dos aspectos essenciais para o sucesso e para fazer uma gestão logística eficiente. Assim como outros aspectos da administração de negócios, não existe uma receita de bolo para determinar os KPIs mais adequados ao seu negócio. Recentemente, mostramos alguns dos mais recorrentes no setor. 

No entanto, as sugestões acima podem não ser as mais apropriadas para o seu negócio. Para isso, é importante considerar 5 aspectos no momento de determinar os KPIs mais indicados. Em geral, as empresas do setor costumam atribuir um indicador para cada um desses pontos: 

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– Velocidade – Em um mundo no qual o e-commerce se disseminou, a capacidade de garantir as entregas de forma rápida e eficiente pode ser um diferencial de sobrevivência no setor logístico. O principal objetivo nesta área não é “vencer” os prazos indicados para os clientes, mas, sim, conseguir cumpri-los conforme o estabelecido inicialmente. 

Estima-se que, no país, a média de velocidade de entrega seja de 11 dias. É claro que este número depende da região onde o cliente está localizado. Em geral, nas capitais, os prazos de entrega costumam ser menores – em alguns casos, até no mesmo dia. 

O foco está em entender como a sua empresa desempenha nesse quesito, o que pode ser feito ao medir o volume de entregas em atraso. Além disso, acompanhar as taxas de recebimento de clientes em até 7 dias (fora de capitais) e em até 2 dias (em capitais) são outros dois bons indicativos. 

– Nível de serviço – Este critério leva em consideração a maneira como o cliente enxerga o seu negócio. Por isso, pontos como pontualidade, integridade, flexibilidade, comunicação e disponibilidade costumam ter bastante influência nisso. 

Nesta área, avaliações mais abrangentes como o NPS (Net Promoter Score) podem trazer uma visão sobre como a sua empresa é percebida pelos clientes. Outro ponto que pode ser mensurado e controlado: taxa de contato com o SAC, uma boa métrica para indicar a relação dos clientes. 

– Custo – Se as duas primeiras áreas estão relacionadas à maneira como o mundo externo enxerga um negócio, aqui a visão é totalmente interna. A ideia é entender os gastos das organizações para realizar suas atividades logísticas. 

Nesse quesito, não há como fugir das medições sobre o custo por pedidos, a taxa de insucessos de entrega e o número de pedidos feitos por veículo, com foco na gestão de frota. Esses três fatores são bons indicadores sobre a performance do seu negócio e podem fazer a sua gestão logística mais eficiente. 

– Controle – O foco desta área é garantir a eficiência dos processos logísticos. Ao contrário do custo, seu objetivo é tornar a empresa mais inteligente. Em geral, costuma-se avaliar a relação das entregas com a gestão de estoque. 

Entre os indicadores monitorados, destaque para a variação do estoque, que checa os números indicados pelo sistema versus a contagem, e o porcentual de itens não encontrados nos armazéns e centros de distribuição. 

– Segurança – A ideia deste KPI é garantir aos colaboradores um ambiente de trabalho seguro e adequado para que desempenhem o seu trabalho. Nesse quesito, é possível estabelecer métricas como acidentes de trabalho com ou sem afastamento. 

Dentro desse recorte, é importante diferenciar as situações que ocorrem dentro do seu negócio, como, por exemplo, uma ocorrência em um armazém ou centro de distribuição daquelas externas, caso de uma tentativa de assalto na estrada. 

O desafio desta área está em estabelecer métricas mensuráveis que aumentem a segurança dos colaboradores. 

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