Agregar novos serviços será fundamental para se manter competitivo em um mercado no qual os próprios clientes estão aprendendo a reconhecer as suas próprias demandas
O mercado de outsourcing deve seguir em expansão pelos próximos anos, ao menos é o que indicam as pesquisas realizadas pelo setor. No entanto, o fato de mais empresas estarem interessadas em serviços de gerenciamento de impressão não é uma garantia de sucesso. Pelo contrário. O duro papel dos provedores está em compreender as novas demandas dos clientes e agregar soluções alinhadas a esses propósitos.
Outra pesquisa, realizada pela consultoria Transparency Market Research, indica que o mercado de serviços de impressão deve atingir US$ 84,3 bilhões em 2031, com um crescimento anual de 8,7%. Parte deste crescimento é explicado pela busca pela redução de custos com impressão e um aumento da necessidade de segurança em documentos de impressão.
“Melhorias da eficiência e a necessidade por mais segurança e compliance são fatores-chave que estão acelerando o mercado de serviços de impressão. O crescimento da adoção de iniciativas de transformação digital, expansão de soluções baseadas na nuvem e a ampliação das preocupações de segurança estão contribuindo para este mercado”, diz o relatório da consultoria.
Esse olhar mais preocupado com a segurança é consequência direta da disseminação do uso de serviços de dados, que trazem uma visão clara sobre o parque de impressão, auxiliando a atingir uma gestão mais individualizada, conforme as demandas do cliente. Ao mesmo tempo, a maior presença de dados pode expor informações confidenciais, caso sejam vazadas.
Quais os próximos passos?
Os relatórios já dão alguns indícios claros de quais fatores devem ser monitorados pelos outsourcings de impressão, conforme mostramos neste artigo. Nesse contexto, o desafio das organizações é entender quais os tipos de serviços/funcionalidades serão exigidos para se manterem competitivos neste mercado.
– Inclusão de novas tecnologias – Na realidade, trata-se de conseguir oferecer mais por menos. Em alguns casos, ela se volta mais aos aspectos internos do que no relacionamento com o cliente, tornando a gestão mais eficiente, refletindo em um serviço de mais qualidade.
E, dentro desse quesito, a inteligência artificial é fundamental. Sua atuação já pode ser considerada para diversas áreas, que variam da personalização à segurança.
– Fluxos de digitalização – Seja por questões de sustentabilidade, segurança, transformação digital ou trabalho híbrido/home office, os fluxos de digitalização se tornaram fundamentais para os negócios em meio à pandemia. E, assim como outros serviços, eles vieram para ficar. Por isso, incluir novas funcionalidades e tornar o seu uso mais simples é um passo interessante.
– Gerenciamento de múltiplos dispositivos – Assim como os fluxos de digitalização se consolidaram em meio à pandemia, um movimento semelhante foi registrado em relação à gestão de outros devices além de impressoras e scanners. A dinâmica de trabalho que surgiu no pós-pandemia abriu a oportunidade de os colaboradores produzirem de suas casas.
Muitas empresas, porém, tinham restrições a esse modelo de trabalho. Outras não conseguiam oferecer a estrutura necessária. A solução apareceu quando os provedores de impressão estenderam seu serviço a outros dispositivos, como computadores e notebooks. Isso permitiu às organizações se focarem em suas atividades, enquanto os outsourcings oferecem, e monitoram, a estrutura de trabalho.
– WaaS – Em muitos casos, apenas o equipamento não era o necessário para os colaboradores conseguirem produzir. Havia a necessidade de oferecer uma estrutura completa: o que se convencionou chamar de Workplace as a Service (WaaS), um conceito que explicamos em mais detalhes neste artigo.
Na prática, o WaaS permite às empresas desenvolverem sua cultura, preenchendo os requisitos de dispositivos e estruturais para trabalho, independentemente da localização de seus colaboradores. Ou seja, um aspecto que se disseminou rapidamente na pandemia e que se mantém até hoje.
É sempre um desafio tentar antecipar quais tecnologias vão se desenvolver e qual será a principal destinação dada a elas. No entanto, no caso dos provedores de impressão, é seguro afirmar que os seus clientes têm algumas expectativas em relação ao serviço:
– Otimizar a infraestrutura de seus negócios, substituindo dispositivos ou atualizando equipamentos menos eficientes;
– Reduzir os custos relacionados à gestão ao apostar em um parceiro especializado no tema;
– Contribuir para a gestão do impacto ambiental, o que se associa diretamente aos aspectos de ESG.
Isso tudo casa com o objetivo de poder se focar em sua atividade principal, deixando aspectos menos estratégicos com times especializados, como é o caso dos serviços de impressão ou de gerenciamento de múltiplos dispositivos.