Como elaborar estratégias baseadas em dados no mercado de outsourcing? 

fevereiro 22, 2023
Códigos da TIPI

O futuro para os provedores está baseado na capacidade de integrar os dispositivos e oferecer soluções sob medida para os seus clientes 

Estima-se que, em 2030, existam mais de 25,4 bilhões de dispositivos conectados entre si, conforme projeções da consultoria Statista. Esta integração entre vários equipamentos é o ponto de partida para o sucesso de uma estratégia de uso de dados baseada em tecnologias como big data, machine learning, inteligência artificial e Internet das Coisas (IoC). 

Neste cenário de filme de ficção científica, é possível monitorar, mensurar e avaliar cada processo de troca de informação entre as máquinas. Em um mercado como o de outsourcing, esta aplicação de dados promete uma verdadeira revolução na forma como se analisa e se gerencia cada parque de impressão por parte dos provedores e a avaliação do serviço por parte dos clientes, além dos aspectos de ESG. 

Para o provedor de outsourcing, é possível acompanhar em tempo real o desempenho de vários indicadores – suprimentos, manutenções, contadores – que oferecem um panorama completo da performance de um parque de impressão. Essa visão completa permite a tomada de decisões assertivas baseada nessa gestão. 

Isso possibilita otimizar a cadeia produtiva relacionada à impressão, a implementação de novos produtos e a prestação de um excelente serviço. Esta é a expectativa de muitos clientes ao firmar um contrato com um provedor de outsourcing: enxergar uma entrega de valor que não deixe dúvidas sobre o benefício da parceria

Isso inclui até mesmo agregar novos produtos e serviços, como o investimento em fluxos de digitalização e o gerenciamento de vários dispositivos além de impressoras. Trata-se de um processo mais simples a partir de uma gestão baseada em dados, mesmo em um contexto de trabalho descentralizado. 

Como elaborar estratégias baseadas em dados no mercado de outsourcing?

Um caminho ainda a ser explorado 

Apesar de todas essas vantagens, uma pesquisa realizada pela Quocirca em 2022 deixou claro que este caminho ainda tem muito a evoluir. De acordo com ela, quase três quartos dos executivos da área (73%) afirmaram que o uso de dados em outsourcings de impressão deveria ser mais bem explorado. 

Ou seja, embora esteja no discurso de muitas organizações, é possível fazer muito mais por uma gestão totalmente eficiente relacionada aos dados e que gere todos os benefícios mencionados tanto para os provedores quanto para os seus clientes. 

Se ainda há muito a evoluir, é preciso dar os primeiros passos rumo ao futuro, o que exige a criação de algumas estratégias que provem o benefício da tecnologia. 

– Foco na sustentabilidade – É contraditório, mas a sustentabilidade está diretamente relacionada aos serviços de impressão. Sim, já é uma tendência de anos a busca pelo uso inteligente dos dispositivos e de seus suprimentos, inclusive buscando escritórios sem papel (paperless)

Com o uso adequado de dados, é possível ter a convicção do gasto de papel e de outros insumos e buscar a neutralização do carbono gerado. Muitas organizações estão apostando em serviços oferecidos pelos provedores, como o plantio de árvores rumo à neutralização dentro de uma política de ESG

– O impacto da segurança – Além de agregar valor ao serviço fornecido, a preocupação do provedor de outsourcing deve também estar relacionada à segurança

O vazamento de informações é prejudicial em todos os aspectos, visto que pode trazer dados sensíveis do cliente à tona, além de eventuais brechas para ataques cibernéticos. Por isso, investir em soluções e em formas de convencer os clientes será um aspecto fundamental nesta jornada rumo a um parque de impressão totalmente gerenciado por dados. 

– De olho nas novas oportunidades – Assim como a gestão de outros dispositivos foi naturalmente englobada pelos provedores de impressão, a disseminação em larga escala de tecnologias como a Internet das Coisas vai propiciar um mundo de oportunidades para as empresas especializadas. 

As organizações já estão buscando parceiros para gerir o chamado Workplace as a Service (Waas), e a interconexão entre dispositivos também vai abrir a oportunidade do gerenciamento de espaços físicos, como os escritórios. Esta tecnologia permite o controle sobre ar-condicionado e os níveis de iluminação alinhados ao volume de ocupação, inteligente do ponto de vista ambiental e de gestão de custos. 

Em um mercado competitivo e baseado na tecnologia, a elaboração de um produto em linha com as expectativas dos clientes pode garantir que se saia na frente e desenvolva uma nova tendência para todo um mercado. Para isso, os serviços capazes de integrar dados e oferecer boas maneiras de visualização serão um diferencial importante. 

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