A logística verde consiste em um planejamento amplo para mitigar ao máximo o impacto no meio ambiente, estratégia que deve incorporar a logística reversa
A sustentabilidade no setor de logística é algo que tem sido buscado pela maioria das organizações, sobretudo pelo aumento de recursos disponíveis para empresas que conseguem atestar suas boas práticas de ESG. Por isso, discute-se cada vez mais a implementação de uma logística verde, visando cumprir as exigências tanto de consumidores finais ou clientes quanto de fornecedores.
Entender a diferença entre o conceito de logística verde e logística reversa é fundamental no planejamento das ações para as empresas do segmento. A logística verde envolve toda a cadeia de suprimentos de um negócio, incluindo os transportes internos, chamados de inbound.
Seu propósito é ter uma coordenação de atividades logísticas, visando mitigar ao máximo o impacto ao meio ambiente causado. Nesse contexto, o papel das organizações é pensar em como interferem no meio ambiente sob diversas perspectivas: mudança climática, gestão de resíduos, uso do solo, ruídos, acidentes, entre outros pontos.
A logística verde está profundamente alinhada com a otimização da gestão de transportes e de armazéns a partir do uso de dados. Ela contribui sob diferentes óticas para:
– Otimizar o uso da frota, visando tirar o melhor proveito do espaço dos veículos;
– Busca por combustíveis alternativos, como veículos elétricos ou menos poluentes, caso do biodiesel ou etanol;
– Investimento em pesquisa para uso de embalagens retornáveis ou facilmente recicláveis;
– Aprimorar o consumo de energia elétrica, tirando o melhor proveito de recursos naturais, como a luz solar e o vento;
– Incrementar o planejamento dos armazéns e dos estoques em centros de distribuição, reduzindo a necessidade de deslocamentos;
– Aplicar tecnologias que melhorem as rotas;
– Inclusão da logística reversa.
Sim, a logística reversa deve estar incluída no planejamento da logística verde. Trata-se de uma parte fundamental do processo. Vamos explicar o conceito no restante deste artigo.
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O papel da logística reversa
Conforme demonstramos neste artigo, a logística reversa está incluída na legislação brasileira desde o ano de 2010. É possível que ela ocorra no pós-venda (retorno à cadeia de distribuição em caso de defeito ou nos casos de itens remodelados) ou no pós consumo, quando o produto é usado até o fim da sua vida útil.
A logística reversa, assim como a logística verde, também requer planejamentos diversos, como, por exemplo:
– Reaproveitamento de materiais – Em alguns casos, é possível que isso ocorra com embalagens, como é recorrente no setor de alumínio e plástico, por exemplo.
– Reciclagem e coleta – As companhias costumam atuar de duas maneiras: assumindo a responsabilidade pelo processo ou fazendo parceria com ONGs ou associações que costumam atuar na separação de itens que podem ser reaproveitados ou devem receber a destinação adequada em aterros ou outros locais – os chamados inservíveis.
– Reuso – Muitos produtos – especialmente os eletrônicos – dependem de peças. Em alguns casos, basta trocar esta pequena parte para que volte a operar. Ou mesmo, dependendo do produto, é possível que alguns itens voltem à fábrica para serem remanufaturados.
Outros benefícios
Quando se observa os itens da logística verde, é possível perceber que, embora ela traga benefícios ambientais, elas também interferem no dia a dia da organização.
A maior parte dos itens resulta em economia de recursos, visto que as tecnologias propiciam um melhor uso da frota, um planejamento adequado das rotas, entre outras vantagens. Dessa forma, torna-se mais fácil ser competitivo e tirar o melhor proveito dos ativos da companhia.
Nesse sentido, a logística verde e a reversa estão diretamente relacionadas à aplicação de dados pelo segmento. Quando se desenha um processo bem estruturado com dados, torna-se mais simples otimizar o planejamento de uma maneira global, incrementar os processos e ter mais controle do que ocorre em armazéns e no transporte.
Outros dois aspectos fundamentais: ter uma abordagem sustentável em suas operações impacta diretamente a todos, com benefícios à saúde dos colaboradores e, por outro lado, melhora a reputação da empresa perante os seus consumidores – pode ser o diferencial no momento de efetivar uma compra.