Tecnologia abre a oportunidade de empresas se tornarem mais eficientes e reduzirem os seus custos, diminuindo riscos e liberando as pessoas para atividades mais estratégicas
A inteligência artificial com foco na automação já é uma realidade no mundo atual, como demonstramos neste artigo sobre logística e neste voltado ao mercado de outsourcing. Como se sabe, a inteligência artificial é ainda mais eficiente em tarefas repetitivas e que possam ser automatizadas, exatamente o perfil de atividade no qual a gestão fiscal se enquadra.
Em um setor em que erros e equívocos podem gerar multas e outros problemas mais graves, inclusive reputacionais, a adoção de tecnologias capazes de incrementar a operação é vista como um diferencial importante.
Nesse contexto, a inteligência artificial na gestão fiscal dá mais segurança e agilidade às áreas envolvidas neste processo, fazendo com que a força de trabalho humana se foque em atividades mais estratégicas e menos repetitivas.
Um dos principais benefícios da inteligência artificial é a capacidade de aprendizado, o que se convencionou chamar de machine learning. Este mecanismo permite às máquinas aprenderem com suas atividades, com ou sem a supervisão humana, e emitindo alertas caso algo fuja do padrão.
Dessa forma, a tecnologia é capaz de prever eventuais problemas e apresentar soluções – ou mesmo emitir alertas para que alguma intervenção seja realizada.
Como a inteligência artificial trabalha no aspecto fiscal?
A inteligência artificial na gestão fiscal pode ser usada para diversos fins com muita tranquilidade. Isso porque suas decisões se baseiam no processamento de dados históricos e em uma trilha fiscal seguida pela própria companhia.
Além disso, em um primeiro momento, as decisões podem ser supervisionadas por um time, fazendo com que a automação ocorra de forma paulatina. Algumas das possibilidades de melhoria são:
– Automação de tarefas – IA pode ser usada para automatizar tarefas repetitivas, como a análise de declarações fiscais, a verificação de créditos tributários e cálculos de incidências de impostos. Isso pode liberar os funcionários humanos para se concentrarem em tarefas mais complexas e estratégicas.
– Melhoria da gestão tributária – A inteligência artificial também pode auxiliar empresas a identificar oportunidades para reduzirem os seus custos. Isso ocorre por meio de dados financeiros, identificação de isenções e deduções fiscais e até estratégias específicas sobre planejamento tributário. Tudo isso, é claro, respeitando as legislações e sem correr riscos.
– Melhoria de conformidade – Do saneamento da base cadastral, passando pela classificação fiscal de documentos a análise de mudanças na legislação, a IA pode ser configurada para emitir alertas se houver alguma situação que coloque a organização em risco. Isso tudo de forma automatizada e eficiente.
– Melhoria da eficiência de fiscalização – Essa lógica vale tanto para os órgãos fiscais quanto para as organizações. As companhias podem criar padrões para realizar auditorias e diminuir os seus riscos, enquanto a administração pública consegue identificar movimentações que acendam alertas para um olhar mais atento.
– Aumento da arrecadação e redução da evasão fiscal – As falhas na fiscalização aumentam a evasão fiscal e diminuem a arrecadação governamental. Acertos nesta área fazem com que os órgãos fiscais identifiquem recursos que, por equívocos, podiam estar fora do seu radar.
Quais os benefícios da inteligência artificial na gestão fiscal para empresas?
– Mais tempo para atividades estratégicas – As novas tecnologias não vão substituir as pessoas, mas fazer com que elas possam se focar em outras atividades, em especial aquelas que demandam capacidade de análise e inovação.
– Menos erros – Um dos princípios da IA é automatizar tarefas repetitivas, reduzindo a incidência de erros. Além disso, os times podem se focar em auditorias, verificações e dados mais precisos, aumentando também a segurança jurídica.
– Análise de dados – Ao compilar dados anteriores, registrar transações e otimizar o preenchimento de informações fiscais, cria-se um histórico fiscal. Isso permite fazer relatórios e tomar decisões fundamentadas e assertivas.
– Ajuste de processos – Não há como automatizar sem sistematizar. Em outras palavras, as organizações terão que determinar todos os processos necessários, o que se reverte positivamente na melhoria da organização interna, na simplificação e na eliminação de tarefas redundantes.
– Redução de custos – Na prática, a possibilidade de ter pessoas focadas em atividades estratégicas, reduzir erros e riscos, tomar decisões fundamentadas e otimizar processos se reflete na redução de custos para as organizações.
Como está o processo de implantação de inteligência artificial na gestão fiscal em seu negócio?