Mais de um terço (38%) dos brasileiros se mostram dispostos a trocar de emprego se não puderem trabalhar de forma remota
Nove a cada dez profissionais do Brasil (91%) trabalhariam remotamente em uma empresa de outra cidade/região ou mesmo de outro país. Para 76% dos brasileiros, o trabalho remoto é uma forma de trabalhar e não um benefício. E 38% dos respondentes alegam que procurariam um novo emprego se as organizações não permitirem o trabalho remoto.
Os dados acima estão compilados nas tendências nacionais do Guia Salarial 2022, desenvolvido pela empresa de recrutamento Robert Half. Para 63% dos ouvidos, há o interesse em um modelo híbrido de trabalho, com mais vezes em casa do que no escritório. Investimentos e cuidados nessa área serão determinantes para evitar fuga de talentos das empresas.
“O mercado de trabalho caminha para um modelo de trabalho híbrido nos segmentos e áreas onde essa modalidade é viável”, diz uma das conclusões do estudo. “As horas de trabalho flexíveis e as medidas de desempenho baseadas na realização dos objetivos são cada vez mais valorizadas entre os profissionais”, ressalta em outra. O tema foi, inclusive, um dos aprendizados do setor em 2021.
Perspectiva dos empregadores
Enquanto os colaboradores sonham com mais flexibilidade e a possibilidade de se manterem em um contexto híbrido, as organizações precisam estruturar condições para suprir essa necessidade. O período de pandemia fez com que muitas empresas encontrassem soluções paliativas, que, agora, precisam ser consideradas definitivas.
Essa modificação exige alguns cuidados das companhias. Um dos caminhos é buscar empresas que auxiliem com o chamado Workplace as a Service (WaaS), um serviço que está sendo abraçado pelos outsourcings de impressão. A experiência desses provedores nessa função auxilia a estruturar o chamado outsourcing de outros dispositivos, modalidade que será fundamental para o trabalho híbrido.
O WaaS consiste em locar tudo aquilo que uma companhia precisa para operar (serviços, hardwares e softwares) – a exemplo do que já acontece com o outsourcing de impressão ou de computadores.
Além dos dispositivos e da estrutura física necessária para manter os colaboradores em suas casas, será necessário garantir soluções tecnológicas para a padronização de processos e aumento da segurança nas tarefas executadas, considerando cuidados como equipamentos, implementação e monitoramento.
Os desafios dos provedores
Gerenciar um grupo de dispositivos em um mesmo local é diferente de equipamentos espalhados – e muitas vezes nem sequer em uma mesma cidade ou estado. Nesse contexto, os provedores buscam atingir alguns objetivos e, em muitos casos, uma consultoria especializada pode auxiliar.
– Reduzir custos com deslocamentos, especialmente se for possível fazê-lo de forma remota.
– Acompanhar o monitoramento de agentes, sem gerar incômodos ao cliente para ativar ou desativar ferramentas e solucionar problemas.
– Antecipar problemas, a partir do acompanhamento remoto e, de preferência, de forma proativa, antes que se tornem perceptíveis.
– Melhorar a qualidade do serviço em um contexto de diversificação da oferta de serviços, de maneira ágil e eliminando potenciais desgastes.
– Atuação proativa, com detecção automática de eventuais falhas e indicação de como corrigi-las de forma remota. No caso de computadores, há a necessidade de ter um inventário completo dos hardwares (HD ou SSD, memória e processador), softwares (número de série, usuário responsável) e de seus periféricos.
– Personalização – É provável que as empresas queiram customizar a oferta. O papel do provedor é oferecer essa possibilidade de escolha, garantindo que os interesses sejam atingidos.
– Gerenciamento em uma única plataforma: cada empresa poderá fazer o outsourcing de diferentes dispositivos, mas a administração desses contratos terá que ser feita de forma única. Da mesma forma, o próprio cliente tem interesse em ter uma visão completa dessa situação. É preciso ter uma visão dos múltiplos dispositivos e de maneira específica.
O melhor caminho para conseguir atingir esses objetivos é contar com uma solução tecnológica que auxilie a sua equipe. É preciso encarar a busca por home office ou trabalho híbrido como mais do que uma mera tendência. Já existe um movimento de estações de trabalho flutuantes, o que permite às empresas se adaptarem às novas necessidades e exigências.