Parece contraditório: ao mesmo tempo em que aumentaram as reuniões online, cresceram também os números de impressões, como uma espécie de desintoxicação digital, resposta ao chamado “Zoom Fatigue”.
A pandemia gerou um paradoxo em muitos negócios. Para alguns, foi inviável fugir da transformação digital e do uso de novas soluções adequadas às necessidades, em especial o home office, o trabalho híbrido e as reuniões virtuais. Por outro lado, esse distanciamento gerou um cansaço maior, chamado por alguns de “Zoom Fatigue”, o que pode repercutir diretamente no volume de documentos impressos dentro das empresas, com o retorno gradual aos escritórios, mesmo que no chamado modelo híbrido.
O Zoom, uma das principais plataformas usadas para permitir as reuniões virtuais, deu o tom do crescimento experimentado por essas soluções em 2020. A receita da empresa cresceu 326% no período entre 31 de janeiro de 2020 e de 2021. A companhia registrou 467,1 mil clientes, uma expansão de 470% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O Microsoft Teams tinha 32 milhões de usuários registrados antes da pandemia. Em abril deste ano, a empresa anunciou 145 milhões de pessoas usando sua plataforma diariamente – um crescimento de quase 5 vezes em pouco mais de um ano. E o Slack – outra solução com o mesmo perfil – foi comprado pela Salesforce por US$ 26 bilhões, aproveitando o bom momento das transmissões em vídeo.
Essas soluções, porém, têm gerado uma espécie de fadiga, que chegou, então, a ganhar o nome de “Zoom Fatigue”, que nada mais é que “fadiga de Zoom” em tradução literal. Os longos períodos em reuniões virtuais exigem mais atenção do que nos encontros presenciais, já que é preciso estar atento a inúmeros detalhes simultâneos, além de se preocupar com aspectos como a conexão com a internet e lidar com imagens travadas ou cortes no áudio.
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Detox digital
Diante deste novo cenário, a possibilidade de revisar relatórios ou outras informações em páginas impressas se torna uma espécie de “detox digital”. O papel simplifica tarefas como fazer anotações e, especialmente no período de fim da tarde e início da noite, causa menos impacto na produção dos hormônios responsáveis pelo sono, o que facilita o descanso.
Um estudo da Quocirca mostrou que mais de três quartos (76%) dos colaboradores do Reino Unido estão fazendo impressões, mesmo que em suas próprias casas. A percepção do estudo é que o aumento de produtividade sentido por muitas pessoas em home office se deve ao uso de documentos impressos. No total, 75% dos colaboradores citaram um aumento de sua eficiência trabalhando de casa – dentre eles, 64% relataram que estavam imprimindo mais do que no escritório, o que indica uma tentativa de fugir de atribuições exclusivamente digitais.
Além disso, no caso de um retorno ao escritório, 75% dos entrevistados dos Estados Unidos esperam imprimir o mesmo volume no período pré-pandemia – no Reino Unido, o índice foi de 66%. Nesse contexto, as empresas podem incluir em seu planejamento futuro soluções para oferecer aos colaboradores, como a possibilidade de impressão, mesmo que de suas casas.
Um olhar sobre as oportunidades
Para as companhias que operam no segmento de outsourcing de impressão, trata-se de uma boa notícia, já que não há projeção de alterações drásticas no volume de páginas impressas. Apesar disso, há uma série de tendências e de tecnologias que precisam ser monitoradas constantemente e devem entrar no radar destas organizações. Entre elas, estão Inteligência Artificial, Document Capture/Workflow, Internet das Coisas (IoT), XaaS (Everything as a Service) e Blockchain, conforme mostramos neste artigo.
Da mesma forma, há uma série de outras necessidades que acabaram surgindo em decorrência da pandemia e de uma transformação digital em uma velocidade acima do esperado. Nesse contexto, o papel dos outsourcings de impressão é entender as novas demandas dos clientes, como a digitalização, e a melhor maneira de entregar essas funcionalidades, aumentando a competitividade e reduzindo custos.