Sistema de pagamentos instantâneos caiu no gosto popular e passou a ser adotado em larga escala por pessoas físicas e jurídicas
Confiança no uso Pix
Em 2022, foram realizadas mais de 20,3 bilhões de transações pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos, o Pix. As informações disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB) apontam para uma ampliação da confiança no uso do Pix, já que se trata de uma ferramenta bem disseminada entre a população.
Com a contabilização iniciada em março de 2021, pode-se demonstrar a evolução da confiança no uso do Pix a partir desta referência. No comparativo entre março e dezembro de 2022 com o mesmo período do ano anterior, houve uma expansão de 140% nas transações. Nesse período de 2021, foram 7,5 bilhões de transferências, enquanto a soma foi de 18,09 bilhões nos mesmos meses de 2022.
Em fevereiro de 2023, o Pix contava com 144,6 milhões de usuários cadastrados, sendo que 133,3 milhões eram de pessoas físicas – o que indica a existência de mais de 11 milhões de chaves de Pessoas Jurídicas. Ao todo, existem 796 instituições financeiras capazes de participar deste programa. Conforme explicamos neste artigo, a participação no Pix por bancos e outras entidades depende de seguir diversas regras.
No total, considerando que cada usuário pode ter mais de uma chave cadastrada, são mais de 550 milhões de chaves Pix registradas entre pessoas físicas e cerca de 27 milhões de pessoas jurídicas.
O meio de pagamento mais usado do Brasil
No ano passado, o governo federal divulgou que o Pix se tornou o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. Desde que passou a ser contabilizado, o volume de transações em Pix somou R$ 15,5 trilhões – um resultado superior ao Produto Interno Bruto do Brasil em 2022, que foi de R$ 9,9 trilhões.
Em 20 de dezembro de 2022, o Pix registrou 104,1 milhões de operações em 24 horas, batendo o seu recorde de transações diárias – 99,4 milhões em 30 de setembro. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos, o volume foi impulsionado pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário, o que denota também a confiança no uso do Pix por parte das empresas.
O formato de pagamento instantâneo também se disseminou no varejo. Um levantamento apontou que, entre o dia 1º e 18 de dezembro de 2022, foi registrado crescimento de 141% no número de transações. O faturamento do Pix relacionado a esse setor teve um salto de 70%, com ticket médio de R$ 321.
Oportunidade para empresas
Um levantamento realizado pela empresa de pagamentos ACI Worldwide e elaborado pela Globaldata e Cebr estimou que a disseminação dos pagamentos em tempo real no Brasil teria um impacto de, ao menos, US$ 5,5 bilhões no PIB brasileiro. Até 2026, a estimativa é que essa repercussão seja de US$ 37 bilhões ou cerca de 2% do indicador.
Alguns fatores levam a esse impacto positivo na economia, tais como:
Redução de custos: as transações realizadas pelas pessoas físicas são gratuitas, incentivando o seu uso. A agilidade da transmissão de valores também melhora a eficiência da economia, fazendo com que a sua aplicação até mesmo ocorra com mais tranquilidade no varejo.
Bancarização das pessoas físicas: o Brasil é reconhecido por um grande volume de transações informais e, para ter a agilidade e segurança do Pix, há a necessidade de se integrar aos sistemas bancários tradicionais.
Segurança: mesmo nos dias de maior volume, a ferramenta se mostrou disponível, o que amplia a confiança no uso do Pix para a maior parte das pessoas e empresas. Não à toa, trata-se de um meio sendo incorporado em diversas frentes, inclusive os documentos fiscais, desde que gerido adequadamente por uma solução fiscal.